Botão de Rosa
Num clima árido, infértil,
encontro um botão de rosa.
Nunca tocado ou descoberto,
sou o primeiro jardineiro.
Não quer ser colhido:
foge, se esquiva.
Mas cede ao toque:
se entrega vencido.
Sinestesia:
a forma,
o aroma,
o gosto,
a textura.
Não colho. Mudei de método.
Mas a mordida não tira sangue.
Liberta o líquido,
o sabor,
o cheiro,
a convulsão.
A rosa floresce.
3 Comments:
Sensações do ser extremo -peculariedades do cotidiano.
abraço
Porra, que lindo!
Agora, sim: Porra, que lindo!
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